As reclamações contra prestadores de serviços de comunicações aumentaram 4% no primeiro trimestre de 2023. Neste período, a Anacom registou cerca de 28,5 mil reclamações escritas contra prestadores de serviços de comunicações, mais 1.000 reclamações do que em igual período de 2022.
Desde há mais de um ano que não se registava um aumento homólogo nas reclamações. As comunicações eletrónicas mantêm-se como as mais reclamadas, com 20,2 mil reclamações 71% do total, enquanto as reclamações sobre serviços postais também subiram 1%, situando-se nas 8,2 mil (29% do total).
De acordo com os dados da Anacom, a Vodafone foi a que registou mais reclamações em termos absolutos, 36% do total, ou 7,3 mil reclamações, e apresenta também o maior número de reclamações por 1.000 clientes.
Já a MEO foi o prestador que registou o maior aumento das reclamações, de 8%, sendo responsável por 30% do total de reclamações do setor. No entanto, continua a ser a operadora com menor taxa de reclamações.
Também a NOS obteve o mesmo número de reclamações por 1.000 clientes no 1.º trimestre e viu aumentar as reclamações neste período, em mais 3%.
Quais os principais motivos das reclamações? O aumento do preço do serviço foi o principal nas comunicações eletrónicas, sendo responsável por 11% das reclamações do setor neste período.
Ao todo foram apresentadas 2,1 mil reclamações sobre o aumento de preços, mais 1,8 mil reclamações face a igual período de 2022. As questões sobre transparência contratual, com a falta ou desconformidade da informação sobre os preços, serviços e funcionalidades, seguem-se com 3% das reclamações do setor.
Já a demora ou reparação deficiente de falhas nos serviços foi o motivo mais reclamado pelos utilizadores de serviços de comunicações eletrónicas, responsável por 3 mil reclamações, ou o equivalente a 15% do total.
A demora do tratamento de reclamações, as falhas no serviço de acesso à Internet fixa, o aumento do preço do serviço e as falhas na televisão por subscrição estão também entre os tópicos mais reclamados.
